Archive for 2014

Mas a MATEMÁTICA é LINGUAGEM!


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Sexta-feira, 18 de Julho de 2014


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Os algarismo, números e conceitos matemáticos desempenham um papel fundamental ao longo da nossa vida. Para o completo funcionamento cognitivo, o desenvolvimento das aptidões numéricas e da literacia matemática são tão importantes quanto o desenvolvimento da linguagem. Assim, o desenvolvimento das capacidades numéricas relacionam-se reciprocamente com o desenvolvimento das capacidades linguísticas.  
Os conceitos matemáticos devem fazer parte do léxico (vocabulário) do desenvolvimento da criança, desde os primeiros anos de vida. Caso contrário, poderá verificar dificuldades futuras ao nível da matemática.

O QUEM TEM A LINGUAGEM A VER COM A MATEMÁTICA?
Tudo! "Os alicerces da matemática residem na linguagem." (Pieterse, 2008)
A aquisição do vocabulário na criança deve incluir palavras que se referem à forma (alerte o seu filho para a existência das formas geométricas - o que é redondo? a bola!), ao tamanho (palavras e conceitos como pequeno e grande), às quantidades (palavras e conceitos como pouco, menos, muito, mais), à comparação ( palavras como diferente, igual), à posição ( conceitos como em cima, em baixo), ao peso (conceitos como leve, pesado), ao volume (conceito como cheio, vazio) e ao tempo (conceitos como dia, noite, ontem, hoje, amanhã).
Assim, crianças que não têm um vocabulário numérico bem desenvolvido e que não conseguem dominar os conceitos de base da matemático (mais, menos, cheio, vazio, etc.) revelarão dificuldades a matemática.

ATIVIDADES PARA ESTIMULAÇÃO
As capacidades numéricas não se limitam ao desenvolvimento da memória. As crianças devem ser expostas permanentemente a experiência de aprendizagem concretas. Lembre-se que aprendem pelos sentidos e, assim, formam conceitos que desenvolvem a capacidade de pensar. Progridem do concreto para o abstrato. Esta compreensão exige que os conceitos concretos sejam firmemente adquiridos antes de se poder avançar para os mais abstratos.

O MEU CORPO E A MATEMÁTICA
Os primeiros conceitos matemáticos que ensinamos, relacionam-se com as crianças. Ensinamos-lhe o nome das várias partes e membros do nosso corpo: a boca, os olhos, o nariz, as mãos, etc.
Oriente o seu filho para usar os sentidos, neste caso o tato. Diga "A mamã tem um nariz!" ou "O papá tem duas orelhas!". Faça com que toque no membro que acabou de dizer ao mesmo tempo que repete o que acabou de dizer.

JOGOS COM NÚMEROS
Todos têm por hábito ensinar os nossos filhos a contar. Conhecemos o jogo em que a mãe e o pai levantam o filho pela mão e vão contando "um, dois, trêeees!" e ao três a criança é levantada. É um jogo que todas as crianças gostam e acham super divertido. Rapidamente, notará que o seu filho dirá "têees" (no momento certo dirá correctamente "trêes"). 
Enquanto levanta o seu filho do berço ou do chão, faça este jogo!

CONTAGEM EM RIMAS
As rimas são uma óptima maneira de ensinar a contar. Utilize rimas que correspondam ao nível de desenvolvimento do seu filho. Arrisque e crie as suas próprias rimas sobre temas de interesse do seu filho.
Exemplo de rima:

Um Pum
Dois Bois
Três Inglês
Quatros Arroz no Prato
Cinco Maria do Brinco
Seis Maria dos Reis
Sete Pega no Canivete
Oito vai ao Biscoito
Nove dá a Esmola ao Pobre
Dez vai Lavar os Pés

(In Lenga Lengas de Luísa Ducla Soares, 2005)


MATEMÁTICA NA BANHEIRA
E porque não aproveitar a rotina do banho, para aprender? É uma excelente oportunidade, é uma espécie de 2 em 1. Trata da higiene e ensina. 
Enquanto o seu filho está entretido com os brinquedos - peixes, patos, barcos, etc. diga-lhe que há dois peixes, conte-os com ele "Hoje tens dois peixes, um, dois peixes" ou "Aqui tens três patos, um, dois, três patos". Ele ouve as palavras, vê os objectos e manuseia-os. 

MATEMÁTICA NA COZINHA
Considere as oportunidade de comunicação que a cozinha oferece. Imagine que está a descascar batatas para fazer uma sopa. Peça ao seu filho que lhe traga as batatas "traz-me três batatas do saco, se faz favor". Se ele trouxer apenas duas, deixe que ele as conte. Ajude-o. Agarre-o pela mão e incentive a contá-las.  Diga "Um, dois, três. Mas tu trouxes-te só duas batatas! A mãe pediu-te quantas batatas?". Espere até ele responder. "Três". Mostre-lhe três dos seus dedos. E responda que ele apenas trouxe duas batatas. Mostre-lhe novamente dois dedos. "Quantos faltam? Uma. Vamos voltar a contar as batatas: uma, duas, três. Já está. Muito bem!".
Este exercício irá ensiná-lo a contar e a associá-lo ao objecto (quantidade física).
Para o desenvolvimento das capacidades numéricas poderá fazer perguntas como "As batatas têm todas o mesmo tamanho? Qual é a batata maior? E a mais pequena?", pode pedir para o seu filho ordenar as batatas da maior para a mais pequena. 


"Os alicerces da matemática residem na linguagem." (Pieterse, 2008)


Referência bibliográfica
Pieterse, M. (2008). Conversas de Bebé. Livros Horizonte.

DIA MUNDIAL DA VOZ


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Quarta-feira, 16 de Abril de 2014

Para celebrar o Dia Mundial da Voz publicamos um poster informativo sobre a voz: como educar?


Processamento Auditivo Central: novos desafios!


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Quarta-feira, 19 de Março de 2014


"Ao falarmos de processamento auditivo central referimo-nos à percepção auditiva que envolve os processos de: atenção selectiva, detecção de som, discriminação, localização, reconhecimento (padrões de intensidade, frequência e duração) compreensão e memória"

Revista Comunicativa 2011


PEL: Perturbação Específica da Linguagem


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Sexta-feira, 14 de Fevereiro de 2014

Imagem de: http://www.projetospedagogicosdinamicos.com/

Preste atenção aos sinais! O seu filho troca sons (exemplo: bota/mota), produz frases curtas e/ou desorganizadas, manifesta dificuldades na aquisição das competências de leitura e escrita, dá "anormalmente" muitos erros, disse as primeiras palavras, mais tarde comparativamente às outras crianças da mesma idade? Então poderá estar perante uma Perturbação Especifica da Linguagem - PEL.

O que é a PEL?
As Perturbações Especificas da Linguagem, são perturbações do desenvolvimento da linguagem que afetam aproximadamente 7% das crianças em idade pré-escolar. 
Esta é uma patologia em que o diagnóstico é realizado por exclusão de vários factores. Assim, não se observam:
  • Perda auditiva (durante pelo menos os últimos 6 meses);
  • Alterações cognitivas;
  • Alterações da estrutura e função oral;
  • Lesões do Sistema Nervoso Central.
Existe sim, um desfasamento entre os vários domínios da linguagem: fonologia, semântica, morfologia, sintaxe e pragmática
Perturbação mais comum em rapazes do que em raparigas. Pode ser diagnosticada em idade pré-escolar, embora muitas vezes só é detectada em idade escolar.
O que fazer?
» Encaminhamento - pais, educadores, professores, médicos família/pediatra;
» Despiste - o Terapeuta da Fala, integrado na equipa multidisciplinar.

Intervenção do Terapeuta da Fala?
O Terapeuta da Fala terá como objectivos melhorar todas as competências linguísticas alteradas ao nível da oralidade, bem como prevenir o insucesso da aprendizagem da leitura e escrita.

Fonte: 
Folheto informativo do Centro de Medicina de Reabilitação de Alcoitão;
Ximenes, M. & Martins, I. (2011). Perturbações do desenvolvimento da linguagem: bases biológicas e classificações. Nascer e Crescer: 20, 173-173.

Respiração Oral: quais as consequências?


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Domingo, 05 de Janeiro de 2014

Fonte: Site Breathe Ability
É comum observarmos no nosso dia-a-dia, crianças que respiram pela boca. A Síndrome da Respiração Oral é frequente na infância e conduz a uma série de consequências para o crescimento e desenvolvimento global das crianças. 
Cerca de 30% das crianças em idade pré-escolar são respiradores orais, perturbação responsável pelo baixo desempenho e rendimento escolar, problemas de postura, dificuldades de mastigação, oclusão e deglutição, apresentando maiores probabilidades em desenvolver infecções respiratórias. 
De acordo com os especialistas, quando as crianças respiram predominantemente pela boca, o cérebro recebe menor quantidade de oxigénio, o que prejudica a capacidade de atenção/concentração, conduzindo consequentemente à diminuição do desempenho e rendimento escolar. Por outro lado, as crianças ao respirarem pela boca, todas as impurezas, como vírus e bactérias que deveriam ser filtrados no nariz, penetram facilmente o nosso organismo, levando ao desenvolvimento de doenças respiratórias.

Como identificar a respiração oral?
Crianças com a Síndrome da Respiração Oral apresentam as características:
  • Padrão respiratório predominantemente oral (inclusive durante o sono);
  • Estridor respiratório (barulho ao respirar, indicativo de perturbação respiratória);
  • Perturbações durante o sono (ressonar e/ou existência de secreções salivares); 
  • Alterações craniofaciais (ósseas e musculares - rosto alongado);
  • Alterações ortodônticas (mordida aberta, incompetência labial, palato/céu da boca ogival);
  • Alterações na postural corporal (cabeça e ombros projectados para a frente).
Quais as causas da respiração oral?
De entre as causas capazes de promover um padrão respiratório oral, destacam-se três:
  1. Causas alérgicas como a rinite.
  2. Causas obstrutivas, que dificultam a passagem e circulação de ar pela cavidade nasal, forçando o estabelecimento do padrão respiratório oral, tais como: alterações do septo nasal e aumento do volume dos adenóides.
  3. Causas funcionais, quando a crianças não apresenta nenhuma das causas acima referidas, demonstrando aquisição do hábito de respirar pela boca, por sucção de chucha, do dedo, etc.
Qual o tratamento para a respiração oral?
Devido às múltiplas causas e consequências da Síndrome da Respiração Oral, a abordagem terapêutica deverá ser feita por vários especialistas. Neste sentido, a abordagem multidisciplinar conta com a actuação de Alergologistas, Otorrinolaringologista, Médico dentista, Terapeuta da Fala e Fisioterapeuta. 

Qual o papel do Terapeuta da Fala?
O Terapeuta da Fala é responsável pela avaliação dos órgãos fonoarticulatórios (lábios, língua, bochechas e palato) e das estruturas estomatognáticas de respiração, mastigação, deglutição e fala. E responsável pela reeducação da musculatura oral e aprendizagem de um padrão respiratório costodiafragmático. 

Fontes: 
1. Bresolin, D., Shapiro, G. & Shapiro, P. (1984). Facial characteristics of children who 
breathe through the mouth. Pediatrics,73.
2. Junqueira, O. (1997). A postura em repouso dos órgãos fonoarticulatórios frente aos limites 
anatômicos do paciente na terapia miofuncional. Revista Pró-Fono, 9.

Daniela Gonçalves. Com tecnologia do Blogger.