Archive for outubro 2013

Paralisia Cerebral: Um desafio!


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Domingo, 20 de Outubro de 2013

A CRIANÇA COM PARALISIA CEREBRAL
Fonte: Centers for Disease Control and Prevention

O que é a Paralisia Cerebral?
A Paralisia Cerebral (PC) designa uma perturbação do controlo da postura e movimento, como consequência de uma lesão cerebral ou anomalia cerebral no período de desenvolvimento - pré-natal, perinatal ou nos primeiros anos de vida da criança.
De acordo com a localização da lesão, existem vários tipos de paralisia cerebral, tendo em conta as manifestações apresentadas.
  • Espástica - caracterizada por paralisia e aumento de tonicidade dos músculos, resultante de lesões no córtex cerebral e vias daí provenientes;
  • Disquinésia (Atetose/Coreoatetose ou Distonia) - caracterizada por movimento involuntários e variações na tonicidade muscular, resultantes de lesões dos núcleos cerebrais;
  • Ataxia - caracterizada pela diminuição da tonicidade muscular, incoordenação dos movimentos e equilíbrio deficiente, devido a lesão ou anomalia no cerebelo ou vias cerebelosas.
Quais as causas da Paralisia Cerebral?
A Paralisia Cerebral ocorre geralmente devido a hemorragias cerebrais, deficiência na circulação cerebral ou falta de oxigénio no cérebro, traumatismo, infecções nascimento prematura ou icterícia grave neontal. 

Quais os principais perturbações/dificuldades apresentadas?
A Paralisia Cerebral é um deficiência que vai afectar o desenvolvimento da criança. Esta pode apresentar:
  • Défices sensoriais, perturbações de visão e auditivas, dificuldades perceptivas, epilepsia;
  • Défice cognitivo - o seu desenvolvimento pode ser mais lento e limitado em relação às outras crianças;
  • Alterações na motricidade - dificuldades como não segurar a cabeça, não se manter sentada, não andar ou movimentar-se de uma forma descontrolada e insegura;
  • Dificuldades na alimentação - dificuldades nos movimentos dos lábios, língua etc. que afecta a mastigação e a deglutição (engolir);
  • Perturbações de comunicação/fala e/ou linguagem - dificuldades em expressarem-se oralmente.
A criança com PC pode ter uma inteligência normal ou até acima do normal, mas também défice cognitivo, não só pela lesão cerebral, como também falta de estimulo ou experiências, resultante das suas limitações motoras.

Existe tratamento para a Paralisia Cerebral?
A Paralisia Cerebral não tem cura, porque designa uma perturbação estática, que não evoluí ou piora. Contudo, existem vários técnicos de saúde habilitados no tratamento/reabilitação da PC, como a fisioterapia, terapia ocupacional, terapia da fala e psicologia.

Fontes: 
1. APPC, (2006). A criança com paralisia cerebral. Guia para os pais e profissionais de saúde e educação.
2. Andrada, M., Batalha, I., Calado, E., Carvalhão, I., Duarte, J., Ferreira, C., Folha, T., Gaia, T., Loff. & Nunes, F. (2005). Estudo europeu da etiologia da paralisia cerebral - região de lisboa. 

Será o Implante Coclear a solução?


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Sábado, 12 de Outubro de 2013

Emmanuelhub.wordpress.com
Os implantes cocleares são dispositivos que podem ajudar seu filho a ouvir. Se este apresenta uma perda auditiva profunda, considere falar com o seu médico assistente sobre os implantes cocleares. 
Conhecidos como os "ouvidos biônicos", os implantes cocleares não são uma cura para a perda auditiva. São dispositivos que, ao contrário de um aparelho auditivo, não amplificam o som, mas estimulam directamente as fibras do nervo auditivo, ao nível da cóclea, enviando sinais eléctricos para o córtex cerebral.
Estes pequenos diapositivos electrónicos poderão ajudar o seu filho a desenvolver a fala e a linguagem.

Inplantes Cocleares
Os implantes cocleares constituem, actualmente o melhor recurso terapêutico para as pessoas com surdez profunda. Estes, não conferem aos pacientes uma audição normal, mas fornecem pistas auditivas que melhoram significativamente a comunicação.
Os implantes cocleares multicanais são próteses computorizadas, inseridas cirurgicamente no ouvido interno, que substituem parcialmente as funções da cóclea, transformando a energia sonora em sinais eléctricos. 
São indicados para pessoas portadoras de deficiência auditiva profunda, que não beneficiam de próteses de amplificação sonora individual.
Existem vários tipos de implantes cocleares. Todos eles possuem uma unidade externa, geralmente denominada de processador de sinais, uma interface e uma unidade interna implantável.

Critérios para o uso de implantes cocleares
Paciente pré-linguísticos: 
  • Deficiência auditiva neurossensorial bilateral de grau severo a profundo, com acompanhamento efectivo em Terapia da Fala há pelo menos 3 meses (crianças de 0 a 18 meses) ou desde a realização do diagnóstico (crianças maiores de 18 meses), que não beneficiem de aparelho de amplificação sonora individual. 
  • Nas crianças, a idade ideal para a utilização de implantes cocleares deverá ser até aos 2 anos de idade, sendo que, quanto mais cedo a criança for implantada, melhor serão os resultados. 
  • A partir dos 5 anos de idade, os pacientes também poderão ser implantados, contudo os resultados dependerão de vários factores, como o grau de desenvolvimento da linguagem e a estimulação auditiva prévia  (utilização de prótese auditiva, capacidade de realização de leitura labial e língua gestual).
Paciente pós-linguísticos: 
  • Deficiência auditiva neurossensorial bilateral de grau severo a profundo que não tenham beneficiado de qualquer tipo de aparelho de amplificação sonora individual;
  • Embora não exista limite de tempo para a colocação de implantes cocleares neste grupo, quanto maior o tempo de surdez, piores serão os resultados.
Procedimento Cirúrgico
A cirurgia para colocação de implante coclear é realizada com o objectivo de inserir os dispositivos internos do implante (receptor e eléctrodos). A técnica cirúrgica pode variar de acordo com o tipo de aparelho a ser implantado, uma vez que existem diferenças no tamanho e espessura dos receptores internos e externos. Em todos os pacientes, são realizados exames auxiliares de diagnóstico, como a TAC e a Ressonância Magnética. 
Considerado um procedimento simples, este é realizado sob anestesia geral e pode durar em média 2 horas.

(Re)Habilitação:Terapia da Fala
A re(habilitação) auditiva em pacientes com implantes cocleares, tem como principais objectivos o treinamento auditivo e o desenvolvimento da comunicação oral, tendo em conta abordagens terapêuticas especificas para cada paciente. 
Só assim, o Terapeuta da Fala conjuntamente com o paciente, a equipa médica e terapêutica, bem como os seus familiares possibilitará uma comunicação funcional e adequada ao desenvolvimento global do individuo. 

Referências Bibliográficas:
1. Fu Q. & Nogaki G. (2005). Noise susceptibility of cochlear implant users: the roles of spectral resolution and smearing. Jornal oh the Association for Research in Otolaryngology: 6, 19-27.
2. Flanagan J. (1997). Speech Analysis - Synthesis and Perceptions.
3. Greenwood D. (1990). A cochlear frequency-position finction for several species - 29 years later. Jornal oh the Acoustical Society of America: 87, 2592-2605.
4. Otto S., Hitselberger W., Shannon R, & Kutchta J. (2006). Multichannel auditory brainstem implant: update on performance in 61 patient. Jornal of neurosurgery: 96, 1063-1071.

Daniela Gonçalves. Com tecnologia do Blogger.