Quarta-feira, 16 de Janeiro de 2013
O consumo de ómega 3 melhora a leitura?
Um estudo da Universidade de Oxford, no Reino Unido, sugere que uma alimentação rica em ómega 3 pode melhorar a competência de leitura, principalmente em crianças com dificuldades nessa área.
O segredo está no DHA - ácido docosahexaenóico, um ácidos pertencente ao grupo ómega 3, que se encontra sobretudo no peixe (ex.: salmão, sardinha, cavala), nas sementes de linhaça, ovos e algumas algas comestíveis.
Segundo os autores do estudo, os resultados demonstraram que a ingestão diária de suplementos de DHA ómega 3 (600g) melhoram o desempenho das crianças na leitura, ajudando nomeadamente as crianças com desempenhos mais fracos a equipararem-se aos seus pares.
Archive for janeiro 2013
posted by Unknown
posted by Unknown
Quais os medicamentos que conduzem a efeitos adversos na voz?
- Estimulantes e depressores do Sistema Nervoso Central (SNC) (ex.: anfetaminas, cocaína, cafeína, álcool, tranquilizantes e barbitúricos) - estes medicamentos podem afectar a coordenação das pregas vocais e conduzir à desidratação das mesmas. Pode-se observar na qualidade vocal tremor associado a tiques vocais e prosódia (propriedades do som como o ritmo e entoanção) alterada;
- Anestésicos locais (ex.: tetracaína, lidocaína, dibucaína) - são fármacos utilizados para induzir a anestesia a nível local, sem produzir inconsciência. Estes reduzem a propriocepção e consequentemente provocam alterações articulatórias.
- Broncodilatadores - são substâncias farmacologicamente activas que promovem a dilatação dos brônquios, e que são utilizadas nas crises asmáticas. Estas substâncias provocam o desenvolvimento de laringite crónica (inflamação persistente da mucosa laríngea) com consequências de irritabilidade e desidratação da mucosa laríngea;
- Diuréticos (acetazolamida, furosemida, hidroclorotiazida) - utilizados na eliminação do excesso de fluidos ou em determinadas patologias como edemas, os diuréticos aumentam a eliminação de água e electrólitos (sódio), conduzindo a uma desidratação generalizada do organismo e particularmente das cordas vocais, resultando numa alteração da qualidade vocal - voz rouca, áspera e/ou soprosa nos casos mais graves;
- Antitússicos (morfina, benzomanato, dropropizina) - designam medicamentos que actuam no SNC e nos receptores da mucosa brônquica. Estes apresentam um efeito diurético conduzindo à desidratação da mucosa laríngea, o que podem provocar edema, hiperemia (aumento da quantidade de sangue) das cordas vocais resultando na qualidade vocal uma voz aspirada;
- Corticosteróides (triancinolona, exametazona, prednisona) - utilizados como agentes anti-inflamatórios em alergias agudas, estes medicamentos podem provocar desidratação ou edema das cordas vocais, fraqueza muscular e refluxo gastroesofágico - azia (podendo causar laringite);
- Anti-histamínicos (prometazina, diclorfeniramina) - utilizados no tratamento de alergias como a rinite ou sinusite alérgica, estes medicamentos provocam desidratação da mucosa laríngea o que conduz a tosse seca, favorecendo o aparecimento de alterações orgânicas secundárias;
- Antidepressivos (fluoxetina, amitriptilina, imipramina) - podem interferir no controlo neurológico da produção da fala e voz, como desidratação das cordas vocais, tremores e diminuição do débito de fala (nº de palavras por minuto);
- Androgénios - utilizados nas perturbações hormonais, no tratamento do cancro da mama, em tratamentos de fertilidade e muitos utilizados pelos halterofilistas no aumento da massa muscular, os androgénicos além dos seus efeitos desidratantes, promovem a hiperplasia (aumento do nº de células num órgão ou tecido) e hipertrofia (aumento quantitativo dos constituintes e das funções celulares) do músculo tireoaritnóideu (músculo da laringe), resultando num instabilidade vocal e aspereza, parâmetros irreversíveis após longos períodos de tempo;
- Anti-hipertensivos (adalat, aldomet, aldazida 50) - medicamentos utilizados no tratamento da hipertensão, que podem provocar desidratação das cordas vocais, bem como tosse seca;
- Ansiolíticos (diazepan, clonazepan, lorazepan) - também conhecidos por tranquilizantes, os ansiolíticos provocam alterações nas fibras neuromusculares e por consequência imprecisão na articulação muscular, diminuição do débito de fala, hipernasalidade (alteração na ressonância nasal) e soprosidade vocal.
- Tomar medicamentos quando prescritos pelo seu médico assistente;
- Quando observar algum sintoma acima referido, consultar um Terapeuta da Fala;
- Se o leitor é um profissional de voz (professor, cantor, actor, jornalista, político etc.) deve consultar um Terapeuta da Fala, para um acompanhamento direccionada para a sua performance profissional;
- Beba muita água, principalmente se tomar os medicamentos que provoquem desidratação;
- Evite comportamentos de mau uso e abuso vocal (falar alto, gritar, pigarrear);
- Reduza a ingestão de bebidas alcoólicas, com cafeína (café, chá preto) e gaseificadas;
- Evite ambientes com ar condicionado;
- Faça repouso vocal.
posted by Unknown
Quinta-feira, 10 de janeiro de 2013
O
reflexo da sucção é um instinto importante para a alimentação do bebé, que se
desenvolve no útero materno por volta da 15ª semana de vida. Este reflexo
cumpre a função de regular, alimentar e tranquilizar o bebé, garantindo a sua
nutrição, hidratação e prazer. Se
por um lado o reflexo da sucção é instintivo, por outro é verdade que os bebés
recorrem dos dedos para obter conforto, ainda no útero materno.
- Perturbações odontológicas (ou seja, alterações na mordida ex.: mordida aberta, mordida cruzada, diastema – espaços entre os dentes, palato atrésico – céu da boca alto e estreito, protrusão dos incisivos superiores – projecção dos dentes da frente);
- Alterações no desenvolvimento craniofacial (reduzido desenvolvimento da mandíbula);
- Alterações nas funções reflexo-vegetativas (respiração oral, mastigação e deglutição);
- Alterações na musculatura da língua, lábios e bochechas;
- Alterações na fala.
- Inicie este processo quando estiver preparado/a;
- Para os bebés que ainda estão a amamentar, é importante os pais oferecerem uma chucha ortodôntica (chucha com um formato muito semelhante ao mamilo da mãe), pois após a amamentação os bebés sentem necessidade de sugar para se reconfortarem. É igualmente importante a retirada da chucha após os bebés pararem de chuchar, evitando deste modo a criação do hábito;
- Quando o bebé/criança adormece com a chucha na boca e a deixar de chuchar, é conveniente retirá-la, pois não tem qualquer função;
- Recomendo aos pais e cuidadores que não ofereçam a chucha a qualquer sinal de desconforto do bebé/criança a fim de o/a acalmar. A chucha não deve ser utilizada como aparato de apoio emocional, substituindo a atenção dos pais;
- É conveniente retirar a chucha ao bebé/criança quando este/a está distraído a brincar.
- Para que o hábito de usar chucha não se estenda além dos dois anos de idade, é conveniente restringir o seu uso apenas a situações de cansaço e sono;
- Por volta dos dois anos e meio é necessário a substituição da chucha, por um elemento de transição, como um brinquedo macio e aconchegante (ex.: um peluche);
- Não deve ser utilizada como uma oferta continuada, como por exemplo pendurada num cordão ou corrente, para que o bebé/criança não a use;
- No momento da erupção dos primeiros dentes (e porque as gengivas incham e os bebés demonstram maior agitação, inquietação e desconforto) para alivio, sugere-se aos pais e cuidadores oferecer mordedores, brinquedos de borracha, a ponta de um lençol ou até mesmo uma almofada, para os bebés mordiscarem. Através da diversificação dos estímulos, o uso da chucha pode diminuir gradualmente;
- Seja consistente, mesmo que o bebé/criança acorde durante a noite a pedir a chucha, ou a fazer uma birra, mantenha-se firme, desvie a atenção, reconforte-o com beijinhos, mimos, conte uma história. Caso contrário, estará a transmitir noções contraditórias, e o mais provável é que estes acontecimentos se repitam.
posted by Unknown
posted by Unknown
Quarta-feira, 09 de janeiro de 2013
Em Portugal, a Terapia da Fala encontra-se regulamentada e definida pelo Decreto-Lei nº 564/99 de 21 de Dezembro, que estabelece o estatuto legal da carreira de técnico de diagnóstico e terapêutica, dentro do qual se inclui o Terapeuta da Fala.
Mas afinal o que faz um Terapeuta da Fala?
O Terapeuta da Fala é o profissional responsável pelo “desenvolvimento de actividades no âmbito da prevenção, avaliação e tratamento das perturbações da comunicação humana, englobando não só todas as funções associadas à compreensão e expressão da linguagem oral e escrita mas também outras formas de comunicação não-verbal” (DL nº 564/99).
Quem pode precisar de Terapia da Fala?
Bebés prematuros, crianças, adolescentes, adultos e idosos.
Quando se deve recorrer ao Terapeuta da Fala?
Quando se verificam:
- Perturbações da linguagem (ex.: dificuldades em compreender as mensagens faladas, escritas ou não-verbais, dificuldades em expressar-se oralmente ou pela escrita);
- Perturbações da articulação verbal (ex.: dificuldades em articular um som ou vários sons);
- Disfluência (ex.: alterações na fluência do discurso - gaguez);
- Perturbações Vocais (ex.: alterações na qualidade da voz);
- Dificuldades durante a alimentação (ex.: dificuldades em mastigar, engolir, alteração da sensibilidade peri e intra-oral);
- Alterações das estruturas e/ou musculaturas orofaciais (ex.:parésia facial).
Em que patologias o Terapeuta da Fala pode ajudar?
- Dificuldades de aprendizagem;
- Disléxia;
- Síndromes (ex.: Síndrome de Down ou Trissomia 21, Síndrome do espectro autista, etc.);
- Paralisia Cerebral;
- Perda auditiva;
- Fenda Palatina;
- Patologia vocal (ex.: disfonias, nódulos vocais, etc.);
- Cancro da cabeça e pescoço (ex.: da cavidade oral, faringe e laringe);
- Acidente Vascular Cerebral (AVC);
- Traumatismo Cranioencefálico;
- Doenças Neurodegenerativas (ex.: Doença de Parkison, Esclerose Múltipla, Doença de Huntington etc.);
- Demências.