Terça-feira, 19 de Novembro de 2013
O acto de brincar além de favorecer o processo afectivo, cognitivo e imaginativo das crianças, é determinante no desenvolvimento da linguagem.
Brincar/jogar designam formas elementares de comunicação infantil, com as quais as crianças projectam o seu dia-a-dia e o impacto que este tem sobre elas. É por isso, comum vermos crianças a imitar uma família, um médico ou até um polícia.
É através da brincadeira que a criança consegue vencer os seus limites, passando a vivenciar experiências que vão além da sua idade e realidade. Deste modo, vão progressivamente construindo e desenvolvendo a consciência de tudo aquilo que a rodeia.
Em conclusão, brincar é uma actividade humana criadora, na qual a imaginação, a fantasia e a realidade interagem na produção de novas possibilidades de interpretação, de expressão e de acção, assim como, de novas formas de construir relações sociais como os seus pares.
Brincar, será um acto terapêutico?
A maior parte das actividades lúdicas propostas à criança em Terapia da Fala são realizadas na presença de jogos e brincadeiras, uma vez que são figurativas da sua realidade e imaginário. Brincar, é por isso, um acto terapêutico, utilizado como um meio específico de comunicação que reforça ou substitui o significado da língua falada e potencia a adesão da criança à terapêutica.
Quais as vantagens de brincar na Terapia?
Ao utilizar a brincadeira/jogo na prática terapêutica, pode-se observar as seguintes vantagens:- Um momento lúdico que proporciona prazer na actividade;
- A oportunidade de viver uma situação de ganho ou perda, determinante em crianças com baixa tolerância à frustração;
- A oportunidade da aquisição de regras sociais;
- O aprimoramento das funções cognitivas e perceptivas como organização espacial e temporal, memória, percepção visual e auditiva, classificação e seriação;
- A facilidade da criança servir-se de um vocabulário seleccionado.
Fonte:
1. Nascimento, L. (2003). Brincando com os sons. Pró-Fono.