Terça-feira, 26 de Fevereiro de 2013
A disfagia neurogênica refere-se a uma perturbação durante o processo de deglutição (acto de engolir) causada, por alterações neurológicas como AVC, doença de Parkison, Alzheimer, Esclerose Lateral Amiotrófica, Miastenia Grave, Distrofia Muscular, Paralisia Cerebral, Tumores Cerebrais, Miopatias, Infecções e outras demências.
Para muitos dos indivíduos com disfagia neurogênica os sintomas podem ser relativamente leves e desconfortáveis, enquanto que para outros podem conduzir a graves complicações clínicas.
A disfagia é considerada um sintoma e não uma patologia de base (Logemann, 1998).
COMO SE MANIFESTA?
As manifestações mais frequentes, observadas nos pacientes neurológicos com disfagia caracterizam-se por:
- Hesitação ou incapacidade para engolir;
- Retenção de alimentos na orafaringe (pequeno espaço oral);
- Regurgitação (escape) nasal do alimento;
- Deglutição múltipla;
- Voz molhada após a deglutição;
- Tosse durante a após a deglutição;
- "Necessidade de limpar a garganta" após a deglutição de alimentos sólidos;
- Perda de peso como consequência da perturbação;
- Episódios de pneumonia;
- Engasgos durante a alimentação.
O Terapeuta da Fala mediante o quadro neurológico presente, procederá à avaliação detalhada do paciente (história clínica, exame funcional, avaliação instrumental) e à observação dos níveis de consciência e compreensão oral, pois importa salientar que são doentes com perturbações neurológicas e que muitas vezes apresentam simultaneamente défices de compreensão e/ou expressão.
Após a avaliação, o TF fará a intervenção directa com o paciente, por meio de técnicas/mecanismos compensatórios, posturais e orofaríngeos; e a intervenção indirecta com os familiares e/ou cuidadores, através de orientações.
A família como elo de ligação entre o paciente e o TF deve colaborar para a conquista da intervenção terapêutica. E por isso, é importante determinar quais as expectativas familiares, medos, receios e dúvidas.A disfagia tem cura?
A eficácia da reabilitação dependerá de indicadores clínicos, instrumentais (exame videofluroscopia), nutricionais e funcionais, bem como da adesão tanto do paciente como da família à terapêutica.
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